Obrigado Padre José Maia

Um bem-haja ao Senhor Padre José Maia. Não só pelas suas considerações, uma vez que todas as pessoas “honestas sensatas” têm consciência das injustiças sociais, levando-as a perceber a mediocridade e falta de responsabilidade ética de quem governa. Quando da boca de um religioso/Padre ouvimos “Nós temos é de encostar o Estado à parede. Eu não gosto de pedir” e ainda “O nosso Estado não funciona, não funciona. Ele é muito bom a mandar, a fazer regras, mas não há uma consciência. Eu lamento dizer isso, mas como cidadão livre e atento, digo: o nosso Estado devia empenhar-se muito mais na resposta à ajuda aos mais necessitados. Não admito que se ande a pedir, por esmolas, aquilo que é devido por justiça social”.

Ao ler estes argumentos ditos pelo Senhor Padre, percebe-se de imediato o comprometimento que este Homem assume.
Nesta sociedade hipócrita, os argumentos que visam levar à luz do dia uma veracidade escondida por acomodação aos princípios regulados pelo Estado ganham uma dimensão de enorme valor.

Maravilha! Quando tal julgamento é exposto livremente por alguém ligado à Igreja é algo de extraordinário. Sim! As pessoas deviam sentirem-se cansadas de ouvir teorias de boas intenções e palavras moralistas desajustadas à realidade do que as/nos envolve.

Temos aqui um padre comprometido e indignado, numa sociedade composta por pessoas que deixaram de idealizar, de sonhar e de se responsabilizarem individualmente. Capacitado de se posicionar livremente, é ser um verdadeiro Padre um Ser “superior” neste novo tempo.

No que me diz respeito, apreciando a filosofia da Bíblia que guia o catolicismo, mas— sentindo-me incapacitada de perceber a falta de boas práticas dos seus seguidores, tanto no manifesto como nas concessões e bondades. Consigo agora, com este depoimento que acabei de ler, ficar esperançada de uma nova corrente católica.

Maria Fernanda Calado, autora no Grupo Privado Sociedade Justa/Facebook

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