O Carlos Daniel apresenta Portugal, à entrada da I Guerra Mundial, como o país mais pobre da Europa Ocidental. Há 100 anos era exatamente como hoje: o país mais pobre da Europa Ocidental.
Depois tivemos algumas décadas de convergência: sobretudo dos anos 50 aos anos 90 do século passado. Há 20 anos que não convergimos. Estamos a caminho de ser o país mais pobre da Europa, tour court. Nos últimos anos fomos ultrapassados sucessivamente pela República Checa, Malta, Eslovénia, Lituânia, Estónia.
Este ano fomos ultrapassados pela Polónia! Em breve seremos ultrapassados pela Hungria. Depois ficamos a bater-nos com a Croácia, a Bulgária, Montenegro e por aí.
De resto, a coisa vem de muito mais atrás. A seguir os estudos de história quantitativa mais recentes (Nuno Palma), começámos a construir este fiasco em meados do século XVIII. O país é um fracasso europeu há 270 anos. Segundo o Presidente da República somos os maiores. E todos os apresentadores de concursos televisivos concordam.
No livro fundador da ciência económica, Um Inquérito sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações, de Adam Smith, publicado em 1776, o exemplo negativo, o figurino do que não se deve fazer, sob pena se encalhar na miséria, são 2 países: Portugal e a Polónia.
Parece que a Polónia acordou. Portugal arrasta-se, sem comoções de maior, para o fim absoluto da tabela. Só temos a nós próprios para culpar disto. Mais ninguém. Como acaba de anunciar António Costa, “saltámos para a linha da frente da inovação”. E é neste estado narcótico de alienação que vamos sobrevivendo.
Por Jorge Costa, analista
Título: Redacção Sociedade Justa
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Ao falar de resultados sociais dos Paises estamos falando de Pessoas, de estrategias. Mas…onde fica a eventual solução para a mudanca? Vive-se um ciclo vicioso numa repetição cega e adusiva. A sociedade face a toda a evolução tecnológica ou cientifica fica estagnada no tempo. Só se mudam os assessórios. Uma acomodação oportunista.
Os Velhos Estadistas preservam as zonas de conforto parecendo que andam à volta com os acessórios, deixando o essencial à deriva dos resultados. Será a forte expressão temática, experiente argumentativa que leva o mundo a convencer-se que tudo se faz pelo melhor. Pois!… Normalmente os gestores governamentais administram a sociedade por inspiração baseada em estudos especificos e seus especialistas. No entando rege e sempre a linha do conservadorismo. Tudo mais fácil e mais seguro para quem já está instalado na malha do que se quer defender sem perder garantias. Criou-se a representatividade “fiavel” de gente “superior”. Está incutido nas mentes das maiorias.
Modos sociais e estrategias dominantes acima da perspectiva comum do cidadão). Os jovens, ou bem, se envolvem no ciclo instalado, seguindo caminhos tracejados em assuntos politicos e sulbalternos ou se perdem nas estrategias dos Velhos cujas experiências de vida são vinculadas em modelos absoletos, ainda que os velhos valores sociais criaram atalhos. Qualquer inovação na mudança social, pode provocar alteração onde tudo se poraria em questão. Nem pensar! Aliás está tudo pensado para que o mundo continue comprado e uzado nos principios dos velhos tempos…onde as mudanças não saem das más práticas do dividir para reinar…
Como tal os Novos tempos, novas mentalidades. Impõem “sangue novo”. Algo de complexo, arriscado para os acomodados e satisfeitos. Importaria, sim, crescimento mental. Os velhos hábitos continuam num sistema ultrapassado, onde não vinga a vontade de inovar. A mecanica do sistema social é empurrada por uma velha máquina enferrojada. Nós os seres humanos. Aqueles que vivem fora da redoma da representatividade, somos meros assistentes de um mundo que vive amarrados à a um passado que hoje está completamente e ultrapassado. O mundo precisa de mudar o rumo
Divorciar-se da velha locomotiva enforrejafa criando um outro meio que nos transporte à inovação no desenvolvimento d’ O Novo Cidadão. Vai ter que ser. No futuro não haverá lugar para tanta insensatez.
Na minha modesta opinião, creio que é anterior ao século XVIII. Quando pesquisei para o meu livro “Idade Moderna (Des)Concerto do mundo”, encontrei el-rei D. João I a fazer muitas habilidades na quebra de moeda, coisa que os sucessores continuaram. E já não falamos na bancarrota do século XVI, que entregou a coroa a Filipe II de Espanha, e continuou… continuou… por mais dinheiro que desse a pimenta. Acho que a sociedade tinha inúteis a mais, excelentes a desviar dinheiro. Mas tantos séculos passados, assim continuamos. Creio que, e mais uma vez na minha modesta opinião, que o pobre nível cultural da maioria dos portugueses também ajuda “mandadores de alta finança que espirram com a pimenta e nos fazem espirrar. Sei lá, digo eu…
Os mandadores da alta finança, como refere, praticam o financismo – aquilo que chamo de actividade oculta. E como todos os ismos apresenta-se como racional, expectável, mas sempre com uma variável. E já topamos qual é!