Caro Arderius- Até logo! A noticia do dia 18 de Maio apontava para o falecimento do padre Virgílio Arderius e fiquei por vários minutos em silêncio, acompanhado das informações que a minha memória guarda dele. Nos meu olhos a tristeza de ver um amigo transportado para o outro lado da natureza, mas também a clareza de nos olhos dele sempre encontrar o sorriso de confiança que sempre pôs nas lutas que abraçou.
Na UIPSS
No idos anos 90 conheci o padre Ardérius, ligado ao secretariado da Guarda da UIPSS. No seu carro branco Golf Wolkswagen chegava sempre com “novidades” e intervinha: caminhos a trilhar por ele e que propunha fossem partilhados pelas instituições. Uma voz com autoridade, respeitada e até muitas vezes temida, dado que o “homem da Guarda” não pedia autorização a ninguém “para trabalhar”.
Nos jornais e na rádio
Visitei muitas vezes o padre Ardérius. Como jornalista fui à Guarda, umas vezes a pedido dele, outras por minha iniciativa porque precisava de o ouvir. Era minha fonte “secreta” de informação, não porque eu procurasse saber o que quer que fosse, mas sim, sempre, porque queria saber qual era a sua visão do que estava a acontecer. Ouvi-o sempre como a um sábio. E aprendi com ele muito do que sei hoje.
Teve sempre o meu apoio na sua paixão pelo jornalismo: nenhum projecto nasceu sem que uma conversa prévia acontecesse comigo. E sempre lhe disse que “em frente é o caminho”, não por ter confiança desmedida no futuro mas porque sabia que ele faria tudo na mesma nem que lhe propusesse menor aceleração…. Vivia com pressa. Entendia que o tempo era insuficiente para o que havia a fazer”.
Lutador pelo futuro
Se algma imagem fica é a da sua visão que valia a pena “lutar por um mundo melhor”. A isso consagrou a vida em todos as organizações por onde passou e deixou a sua marca. Os seus sucessores, amigos, discípulos têm agora a difícil missão de seguir as pegadas que o nosso amigo Ardérius desenhou nos caminhos andados.
Por Arnaldo Meireles
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