Misericórdias: Eleições & Comichões

As misericórdias estão em eleições a serem disputadas por duas listas. O frenesim natural da coisa está a acontecer com confissões de fidelidade nos dois sentidos, o que baralha o prognóstico final. E provedores há que dizem sim às duas candidaturas guardando na reserva da cautela a decisão final.

Entretanto, o ainda não dito acaba por ser zurzido e ver-se-á se constitui argumento eleitoral. Na estrada está o carro do actual presidente do Secretariado da UMP que para os oponentes é visto como sinal de opulência – trata-se de carro de ministro, isto é um Mercedes Classe S – mal aceite em tempos de aperto e quando “há instituições a vender património para fazer frente às actuais dificuldades”.

E também – os oponentes, pois claro – desenham as críticas orientadas para as remunerações praticadas na sede em Lisboa, onde, mais uma vez o presidente do secretariado é “altamente remunerado” – atestam – com “salário de Secretário de Estado”.

Com carro de ministro e salário de secretário de Estado, tem vindo pois Manuel Lemos a dirigir a União das Misericórdias e prepara-se para enfrentar novo acto eleitoral. E porque o não deve fazer se tudo lhe corre bem (?!) diríamos que às mil maravilhas?

Fica pois para análise o processo, isto é, aquelas coisas – ditos pormenores – que poderão definir o sucesso da eleição e que passa pelas seguintes etapas:

  • mudança de estatutos antes das eleições;
  • regresso a Fátima com a procissão dos Provedores;
  • anúncio do “segredo da União”: o senhor presidente, neste mandato, abdicou do salário!

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Misericórdias: Eleições & Comichões

NB: No ínicio do processo eleitoral, o nosso jornal disponibilizou-se para divulgar a opinião institucional da UM. Até à data não obtivemos resposta.

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