Pela paz, todos não somos demais

A ressaca do mundo global prometido e da economia plana que nos aproximaria é agora desenhada por guerras que não esperávamos mas que nos surpreendem como vulcões escondidos. Com estas nuvens negras mais de 800 pessoas reuniram-se em Gaia  no III encontro pela paz, numa convocatória aberta a quem pretende encontrar nas narrativas da guerra as entrelinhas da paz.

Apelo urgente

“No apelo à participação nestas iniciativas, apontava-se um conjunto de exigências que, a serem assumidas, contribuiriam decisivamente para a defesa da paz e a promoção de relações justas e igualitárias entre Estados. São elas:

  • Parar a confrontação e a guerra, seja na Palestina, no Sara Ocidental, na Síria, no Iémen, no Sudão ou na Ucrânia, com as trágicas consequências e os sérios perigos que comportam.
  • Travar a escalada belicista que se verifica na Europa mas também noutras partes do mundo, nomeadamente na região de Ásia-Pacífico, desrespeitando o direito que os povos têm à Paz, ao desenvolvimento e à soberania.
  • Pôr fim às sanções que atingem as condições de vida dos trabalhadores e das populações, incluindo dos países da União Europeia, enquanto  as multinacionais do armamento, da energia, da alimentação, da distribuição acumulam fabulosos lucros.
  • Abrir espaço à diplomacia e à solução política dos conflitos, rejeitando a ameaça do uso da força nas relações internacionais, para que a paz e a cooperação se sobreponham às políticas de ingerência, militarismo e guerra:
  • O respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas e da Ata Final da Conferência de Helsínquia, caminho para assegurar os direitos dos povos, a paz, a segurança e a cooperação;
  • Que o Governo português não contribua para o agravamento do conflito e do militarismo e que cumpra os princípios da Constituição da República Portuguesa – nascida a do 25 de Abril de 1974, que está a completar 50 anos – como o direito à autodeterminação dos povos, a não ingerência nos assuntos internos de outros Estados, a solução pacífica dos conflitos internacionais, a dissolução dos blocos político-militares, o desarmamento geral, simultâneo e controlado;
  • Promover a solidariedade e a amizade entre todos os povos e defender  o seu direito à paz, condição essencial para o desenvolimento, a justiça e o progresso social, para o bem-estar de toda a Humanidade.

–in: Notícias da Paz, Conselho Português para a Paz e Cooperação (3º trimestre 2023)

 

 

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Pela paz, todos não somos demais – III encontro pela Paz promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação, acontece sábado em Gaia, no pavilhão Municipal de Oliveira do Douro a partir das 10h30.

Esta iniciativa tem o apoio de várias entidades sociais como Confederação Portuguesa das Colectividades, CGTP-IN, Fenprof, JOC – Juventude Operária católica, MDM – Movimento Democrático das Mulheres, MMP – Movimento Municípios de Paz, Movimento pelo  Direito do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, Obra Católica das Migrações, URAR – Resistentes Antifascistas, Município de Setúbal, CM de Évora. Notícias de Évora e CM de Gaia.

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